terça-feira, 11 de novembro de 2014

Choro do abandonado

Você e esse amor tardio
Quando tudo já passou
Dorme mal, come pouco
Soprando as cinzas do que sobrou


Não adianta os teus poemas
Eu te estendi o corpo e a mão
Você dormiu, torceu meus dedos
Dizia se tratar de leviana paixão


Ouço o choro do abandonado
De longe, por entre prédios e carros
Bêbado, falante, transtornado

Você pensou, não pulou no rio
Agora não há pulo, não há rio
De que serve um amor tardio?

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